Brasil deve vender mais serviços no exterior
09/07/2013 12:10
O governo federal quer equilibrar a balança comercial de serviços, setor responsável por 70% do Produto Interno Bruto (PIB), mas que responde por menos de 2% do PIB das exportações brasileiras.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2012, a balança comercial de serviços registrou déficit 8,5% maior do que no ano anterior, ao passar de US$ 36,5 bilhões para US$ 39,6 bilhões.
Para o secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Humberto Ribeiro (foto), questionado no Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (ENAServ), organizado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em parceria com o MDIC, e com apoio da Fecomercio de São Paulo.sobre quais seriam as ações do governo para equilibrar a balança de serviços, as políticas governamentais estão em andamento.
"A dimensão de serviços profissionais tem um grande potencial de crescimento. Nós já somos superavitários neste setor, mas há o que crescer mais", apontou ele, ao se referir às exportações de profissionais de engenharia e arquitetura, por exemplo.
Em 2012, a receita de serviços empresariais atingiu US$ 20,067 bilhões (participação de 50,7% na conta de serviços).
"Estamos com um canal de interlocução na África do Sul, no Oriente Médio, na América do Norte, na Europa para intensificarmos o posicionamento das empresas brasileiras nesses lugares", acrescentou o representante do MDIC.
Questionado porque a participação de serviços na balança comercial é pequena enquanto que no mercado doméstico, a representatividade é grande, Ribeiro afirmou que Brasil tem um mercado interno robusto que satisfaz boa parte dos empreendedores.
"Diferentemente de outros mercados onde o empreendedor já concebe seu negócio na expectativa da exportação, porque não tem mercado interno para isso, o Brasil é um pouco diferente. Historicamente foi muito fechado, um pouco menos de 10% da economia tem haver com o exterior, enquanto em outros países, em grandes economias, está próximo a 30%. Desta forma, o empreendedor brasileiro precisa entender que, o mercado doméstico que nós temos é uma plataforma para crescer no mundo todo. Nisto, acredito que o foco de atuação pode ser nas médias empresas, que já tem modelo de negócio desenvolvido no País".
Fonte: DCI-SP
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